Construindo e Reformando

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segunda-feira, 20 de junho de 2011

DÚVIDAS MAIS FREQUENTES SOBRE PORCELANATO

1. O que são “Porcelanatos”?
Porcelanatos são revestimentos cerâmicos cuja característica principal é ter baixíssima absorção de água, podendo ser definida como praticamente zero.
Esta baixa absorção de água confere elevadíssimos níveis de resistência mecânica ao produto, o que lhe garante o melhor desempenho no mercado mundial de revestimentos cerâmicos.

2. O que significa e qual a origem do termo “Porcelanato”?
O termo “Porcelanato” foi cunhado na Itália e é uma palavra derivada de “Porcelana”.
“Porcelana” é, por definição, uma massa cerâmica absolutamente branca e totalmente vitrificada, comumente utilizada para fabricação de pratos, xícaras, travessas, etc, ou seja, na fabricação das chamadas “porcelanas de mesa”.
Por terem caracterísitcas técnicas muito similares às porcelanas, os revestimentos cerâmicos fabricados com este tipo de massa receberam o nome de “Porcelanatos”, o que poderia ser traduzido, de uma forma livre, como “quase uma porcelana”.

3. Que tipos de “Porcelanatos” existem?
Existem, basicamente, dois grandes grupos de produto:
Os “Porcelanatos Esmaltados” e os “ Porcelanatos Polidos”.
“Porcelanatos Esmaltados” são produtos que, a exemplo dos revestimentos cerâmicos convencionais, têm sua superfície recoberta por diferentes esmaltes, conforme o efeito e a textura desejada. Esmaltes são, na verdade, espécies de vidros que, uma vez moídos, são aplicados na base ( massa prensada ) por diversos meios, sempre de acordo com o objetivo estético desejado.
Além dos esmaltes, estes produtos podem ter, ainda, diferentes aplicações visando sempre seu enriquecimento estético ou de desempenho, através de diferentes soluções gráficas, aplicações a seco, etc.
“Porcelanatos Polidos” são produtos constituídos, basicamente, por massa porcelânica, moída, prensada e queimada em condições muito especiais, que conferem às peças a possibilidade de se efetuar um processo de polimento muito similar ao utilizado para polir pedras naturais ( mármores e granitos ). Isto tudo, para que o produto atinja os requisitos necessários em termos de absorção de água (< 0,1%) elevada resistência mecânica e baixíssima porosidade aberta, para reduzir a sensibilidade dos produtos às manchas.
Todo o processo produtivo dos porcelanatos demanda alto consumo de energia em todas as suas fases: massa mais finamente moída, prensagem a pressões mais elevadas, queima em temperaturas ainda mais altas que os produtos esmaltados e a menores velocidades de transporte das peças no interior dos fornos.
O processo de polimento, como é facilmente imaginável, além de muita água consome muita energia elétrica.
A somatória de todos estes fatores é a explicação do fato destes produtos terem preços ( custos ) consideravelmente mais altos.

4. O que significam os termos “Via Seca” e “Via Úmida” ?
São termos que definem diferentes processos produtivos da fabricação da massa de revestimentos cerâmicos.
Via Seca” é o processo onde a massa é feita a partir de 1 ou 2 argilas que são moídas sem a presença de água ( a seco ) e, em seguida, granuladas, umectadas e prensadas.
Via Úmida” é o processo onde a massa é composta, normalmente, por pelo menos 4 ou 5 matérias primas que são moídas em presença de água ( a úmido ). Após a moagem, a suspensão resultante é secada em um processo muito similar ao empregado na fabricação de leite em pó, ou café solúvel ( Atomização ou Spray – Dryer). O granulado resultante da secagem é, então, prensado.
Os porcelanatos em geral ( esmaltados e polidos ) são produzidos através de processos de via úmida. Além de investimentos mais altos nas instalações industriais para a produção por este processo, ele também demanda maiores consumos de energia, tanto na moagem como no processo de atomização ( secagem ) da massa, o que, por sua vez, se reflete no preço ( custo ) do produto.
As peças obtidas da prensagem de qualquer um dos processos produtivos acima são enviadas para a linha de esmaltação, ou diretamente ao forno, no caso de fabricação de porcelanatos polidos.

5. Quais produtos são melhores?
Os “Porcelanatos Esmaltados” ou os “Porcelanatos Polidos”?
Não há como responder objetivamente a esta pergunta, uma vez que são simplesmente produtos diferentes, ou seja, são produtos de características estéticas e físicas muito diferentes e, portanto, não diretamente comparáveis.
Cada um tem seus pontos fortes e seus pontos fracos. Podemos mencionar que, de uma maneira bastante geral, os produtos esmaltados, além de mais econômicos, têm menor sensibilidade a manchas e as técnicas produtivas envolvidas em sua produção permitem, mais facilmente, obter soluções gráficas para imitar pedras, madeiras, etc.
Já os produtos polidos, conforme descrito acima, apesar de serem usualmente mais caros e de exigirem maiores cuidados, especialmente em relação a questões ligadas a sensibilidade a manchas, conferem elevadíssimo grau de elegância e sofisticação aos ambientes, sobretudo em função do brilho especular, resultante dos processos de polimento.
Não há, no entanto, uma resposta clara e única a esta pergunta, visto tratar-se mais de uma questão associada ao gosto pessoal, e também ao poder aquisitivo de cada cliente.

6. Os porcelanatos riscam?
Sim! Sobretudo os produtos brilhantes. Como qualquer produto cerâmico, ou mesmo revestimentos de outra natureza, como madeiras, pedras, revestimentos vinílicos, etc., os porcelanatos são sujeitos a ocorrência de riscos, sobretudo quando expostos a materiais abrasivos como areias, entulhos de obras, etc.
Por esta razão, é necessário que os produtos sejam manipulados com cuidado na fase de obras e as áreas assentadas devem sempre ser mantidas o mais limpo e isentas possível de areia, entulhos, pregos, arames e demais materiais abrasivos usualmente presentes nas obras.
Proteger as áreas assentadas e limpas com auxílio de gesso, papelões, plásticos, tecidos, etc. é um procedimento que evita riscos e demais sinais de desgaste prematuro dos produtos.

7. Os porcelanatos podem ser assentados com qualquer tipo de argamassa colante?
Não! O baixíssimo nível de absorção de água destes produtos requer que seu assentamento seja feito com argamassas especiais, cuja formulação tem componentes ( aditivos químicos ) que promovem a adequada aderência ao substrato.
Recomendamos, sempre, o uso de argamassas específicas para porcelanato, tipo AC II para áreas internas e AC III para áreas externas. O ideal é recomendar sempre o uso de argamassas de fabricantes de boa procedência e seguir rigorosamente as instruções de uso de cada fabricante.
Tão importante para obtenção de um bom resultado nos painéis assentados é a qualidade da mão de obra empregada no assentamento, além da qualidade do produto e dos materiais de assentamento empregados.

8. Quais são as juntas de assentamento recomendadas?
Nos produtos normais, não retificados e também conhecidos como “Borda Plana”, a junta de assentamento recomendada é 4 mm e em nenhuma hipótese deve ser utilizada junta inferior a 3 mm.
Nos produtos retificados ( cortados ), a junta mínima recomendada é 2 mm e em nenhuma hipótese deve ser utilizada junta inferior a 1 mm.

9. Como fazer a manutenção das áreas assentadas com porcelanatos?
Os porcelanatos não exigem nenhum procedimento especial para sua limpeza e manutenção. Os procedimentos usuais utilizando água, produtos de limpeza de uso doméstico associados ao uso de panos e, eventualmente, uma escova, são suficientes para as limpezas do dia a dia.
Ocasionalmente podem ser utilizados saponáceos líquidos abrasivos, como por exemplo: Cif, Radium, Vim e similares, para a limpeza de sujidades localizadas e mais fortemente impregnadas ao produto.
O fundamental é manter as áreas o mais limpo e isentas possível de resíduos de areia, e demais materiais abrasivos.

Fonte: www.deltaceramica.com.br

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